quarta-feira, 3 de março de 2010

História da aromaterapia

A terapia com aromas tem suas raízes nas mais antigas práticas curativas da humanidade. As árvores e as ervas das quais se extraem os óleos essenciais vêm sendo empregadas para balancear o organismo há milhares de anos. As plantas aromáticas formam um extenso universo: são mais de 30000. Dessas, o ser humano conhece 300 — nada mais do que 1 centésimo do total.

Dentre aquelas estudadas estão muitas que utilizamos todos os dias, com diferentes funções, como:

• temperos (orégano, alho, cebola, gengibre);

• alimentos (laranja, tangerina);

• desinfetantes (pinho, eucalipto);

• perfumes (rosa, jasmim, patchuli);

• higiene pessoal (menta em pastas de dentes);

• medicina caseira (boldo e camomila, amplamente utilizadas na forma de chás para o alívio de cólicas estomacais e enjôos).

Muito provavelmente foi por acaso que o homem antigo descobriu o valor medicinal de certas plantas. Outras devem ter sido testadas por ele, depois de vê-las sendo ingeridas por animais doentes. O uso de fumos é uma das formas mais primitivas da medicina: magos e sacerdotes queimavam plantas para que sua fumaça e os aromas que expeliam servissem a um determinado propósito, como alegrar as pessoas, induzir a experiências místicas ou provocar sonolência em um enfermo, por exemplo.



Os Chineses

Segundo os registros históricos, os chineses provavelmente foram uma das primeiras culturas a usar as plantas aromáticas para o bem-estar. Suas práticas envolviam queima incenso para ajudar a criar harmonia e equilíbrio.



Os Egípcios

Pelos registros deixados, sabemos que o povo egípcio, cerca de 3000 anos a.C., já utilizava substâncias aromáticas para fins medicinais e cosméticos.

Eles inventaram uma máquina rudimentar de destilação que permitiu a extração de óleos essenciais brutos (não purificados).

Os egípcios usavam óleos essenciais, como cedro, cravo, canela, noz moscada e mirra para embalsamar os mortos. Em um túmulo aberto no início do século XX, os traços das ervas foram descobertos em partes intactas do corpo. O aroma, embora tênue, ainda era evidente.

Os egípcios também utilizaram infusões de óleos e preparações de ervas para fins espirituais, medicinais, aromáticos e uso cosmético. Acredita-se que os egípcios inventaram o termo perfume (do latim per fumum), que se traduz como “através da fumaça”. No antigo Egito, tanto homens quanto mulheres utilizavam fragrâncias no seu dia-a-dia. Entretanto, os homens utilizavam um método de aplicação de fragrâncias interessante e diferente: colocavam um cone sólido de perfume sobre a cabeça, que se derretia gradualmente, cobrindo-os com a fragrância.



Os Gregos

Os gregos aprenderam muito com os egípcios, mas a mitologia grega concede o dom e o conhecimento dos perfumes aos deuses. Os gregos também reconhecem os benefícios medicinais e aromáticos das plantas. Hipócrates, comumente chamado de "pai da medicina" praticava fumigações para conseguir benefícios aromáticos e medicinais. Comumente, os soldados gregos carregavam um ungüento à base de mirra (rica em componentes cicatrizantes anti-sépticos) para tratar ferimentos.

Um perfumista grego conhecido pelo nome de Megallus criou um perfume chamado megaleion, que se tornou o mais famoso perfume da Grécia antiga. O megaleion, composto de canela e mirra, servia para vários propósitos: (1) para aromatizar, (2) para aplicação na pele por suas propriedades anti-inflamatórias e (3) para curar feridas. Era um poderoso agente cicatrizante.



Os Romanos

O Império Romano baseou muito dos seus estudos e descobertas a partir do conhecimento de egípcios e gregos. Discorides escreveu um livro chamado “De Materia Medica” que descreve as propriedades de aproximadamente 500 plantas. Também há relatos de que Discorides estudou e pesquisou assuntos relacionados à destilação. A destilação feita pelos romanos, no entanto, foi desenvolvida a partir de extrações de aromas florais aquosos e não óleos essenciais.



Século XI

Um acontecimento importante para a destilação de óleos essenciais veio com o aprimoramento do aparato dos destiladores, no século XI. O estudioso Avicenna, nascido na Pérsia, inventou um tubo de destilação em espiral, que aumentou a eficiência dos destiladores em relação aos antigos que usavam tubos retos, pois o resfriamento e condensação do vapor acontecem mais rapidamente. Assim, os óleos essenciais são separados da água de forma mais eficiente. A importante contribuição de Avicenna para o aumento da eficiência nos processos de destilação chamou a atenção para óleos essenciais e seus benefícios.



Século XII

Já no século XII, um alemão chamado Hildegard cultivou uma plantação de lavanda e destilou a planta para obter seu óleo essencial por causa das suas propriedades medicinais.

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